quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Sobre Iracema



José de Alencar impôs-se, então, o desafio de criar um romance em que a paisagem, os personagens e a propria língua fosse genuinamente brasileiros. com esse intuito, aproveitou lendas e tradições do Ceará e por meio de uma prosa poética, plena de imagens, cores, símbolos e musicalidade, apresentou ao publico a historia do amor proibido entre Iracema, a índia virgem dos lábios de mel consagrada ao deus Tupã, o guerreiro português Martim.

Martim é recebido pela índia Iracema, filha do chefe tabajara, numa praia cearense. Já à primeira vista, o amor surge entre eles; no entanto, como Iracema era considerada uma espécie de sacerdotisa da tribo, como nas mitologias gregas e conventos religiosos de freiras, não podia se casar. essa condição de virgem sagrada é o maior empecilho para a realização amorosa do casal.
 Entretanto, não podendo resistir ao amor por Martim, Iracema prepara uma bebida que provoca deliciosos delírios e inconsciência e entrega para Martim beber. Então, sobe o feitiço alucinogênico da droga, Iracema deixa-se possuir por Martim.

essa união não tem um final feliz, pois o encontro cultural entre o português e a índia é problemático sem idealismo e ambos são infelizes.

Do casal nasce Moacir, representando o primeiro fruto da colonização: brasileiro filho de nativa co europeu. Moacir é um nome que significa: " o filho da dor"

domingo, 1 de janeiro de 2012

O que a índia brasileira tem de bonita.

Aquele entusiasmo desmedido que tempos atras pretendia criar uma identidade brasileira autentica. Criou-se um símbolo: o índio. Zé Ramalho cantou O "Índio" índia malhada, Iracema com os lábio de mel, apaixonadamente como Peri. 
Intelectuais e artistas projetaram a figura do índio como sendo nosso ancestral jenuino. Então foi assim que uma índia de corpo atlético, de extrema agilidade, perfeitamente inserida na natureza tropical, foi a Senha do Romantismo. Mas meus descendente de além má trouxe a gripe do espirro "econômico" e eu mestiço tento conservar, nas palavra Rousseauniana, como sendo o corpo o único instrumento que o índio conhece, é por ele empregado de diversos modos, de que são capazes, dada a falta de exercício, nossos corpos, e foi nossa industria que nos privou da força e da agilidade que a necessidade obrigou o índio adquirir. se tivesse um machado, seu punho romperia galhos tão resistente? se tivesse uma funda, lançaria com a mão, com tanto vigor, uma pedra? Se possuísse uma escada, subiria uma árvore tão ligeiramente? Se tivesse um cavalo, seria tão veloz na corrida? dai ao homem civilizado o tempo de reunir todas essas máquinas á sua volta; não se poderá duvidar que, com isso, sobrepasse, com facilidade, o indígena. Se queres, portantro, ver uma luta mais desigual ainda, deixemos os dois pelados, nus, sem arma nenhuma que não seja somente seus membros e suas qualidades, um de frente para o outro, e logo veremos qual a vantagem de ter suas forças à sua disposição, sempre está pronto para qualquer eventualidade e de transporta-se, por assim dizer, sempre todo inteiro consigo mesmo.